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“Latour não está interessado na Ciência com ‘C’ maiúsculo, que seria a ciência pronta e acabada, mas na ciência com ‘c’ minúsculo, ou seja, na ciência em construção” - Leticia de Luna Freire
Bruno
Latour é um antropólogo, filósofo, sociólogo francês. Um dos
fundadores do chamado Estudos Sociais da ciência e tecnologia.
Latour torneu-se muito conhecido com uma obra publicada em 1994,
“Jamais Fomos Modernos”. Mas, ironicamente, seu trabalho demorou
a ser reconhecido em seu próprio país, sendo aceito apenas quando
suas obras começaram a causar grande impacto na antropologia atual.
Nesse livro, Latour retraça a história ideológica do
desenvolvimento da “razão ocidental” e a crítica como uma
ilusão que jamais chegou a penetrar mesmo nas práticas mais
centrais ou nos espaços mais conceituados da cultura euro-americana.
O
que surpreende em Latour é o fato de seu pensamento abordar o
passado e a chamada “periferia” da denominada civilização
“ocidental”, na qual ele considera uma aberração. O filósofo e
antropólogo apresenta um pensamento que mais parece uma grande corrente
filosófica do futuro.
Em
seu primeiro livro, Vida de Laboratório, ele transcreve o cotidiano
de um laboratório na Califórnia, onde ele trabalha a revolução de
Pasteur e da sociedade francesa no século XIX.
O
pensador
tornou-se
famoso pelo desenvolvimento da teoria ator-rede (TAR), segundo a qual
atores humanos e não humanos interagem e se influenciam
reciprocamente. Com
essa teoria,
Latour busca redefinir a sociologia não como ciência
do social, mas como uma busca de associações entre elementos
heterogêneos. A proposta é de reagregar o social perdido, os
elementos heterogêneos que precisam ser reunidos sob uma dada
circunstância.
A crítica de Latour
é de que a ciência social imaginou a sociologia limitada a um
domínio específico, ao passo que os sociólogos devem ir atrás
dessas novas associações heterogêneas. É um movimento constante
de reassociação e reagregação. A Teoria-Ator rede formula que os
atores desenvolvam a capacidade de elaborar suas próprias teorias
sobre a constituição do social.
A tarefa de definir
e ordenar o social, segundo ele, deve ser deixada aos próprios
atores e não analista. “Não vamos tentar disciplinar vocês,
deixaremos que se atenham a seus próprios mundos e só então
pediremos sua explicação sobre o modo como os estabeleceram”.
Bruno Oliveira e
Luã Diógenes.
Bibliografia:
priscillacalmon.wordpress.com/2014/05/28/uma-introducao-a-teoria-ator-rede-bruno-latour/
bruno-latour.fr/
oglobo.globo.com/sociedade/conte-algo-que-nao-sei/bruno-latour-antropologo-escritortemos-que-reconstruir-nossa-sensibilidade-14081447
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