Teoria Ator-Rede
(TAR) é uma corrente da pesquisa em teoria social que se originou na área de
estudos de ciência, tecnologia e sociedade na década de 1980 a partir dos
estudos de Michel Callon, Bruno Latour, Madelaine Akrich, entre outros. A
teoria também é chamada a sociologia da tradução, um dos conceitos mais
importantes utilizados pelos autores fundadores. Este estudo sociológico tinha
com objetivo de explicar o nascimento dos factos científicos. A TAR é também
utilizada para explicar novos paradigmas da comunicação que passam a existir
com a cultura contemporânea.
Ela trata da sociologia das associações, da tradução, da mobilidade entre seres
e coisas e confronta sociedade, ator e rede. Apesar de ser conhecida por sua
controversa defesa de uma agência dos elementos não humanos, também é associada
a críticas tanto à sociologia convencional quanto à sociologia crítica.
Rede,
para a TAR, não é infraestrutura, mas o que é produzido na relação entre
humanos e não humanos. Não estamos falando de redes de computadores, de redes
sociais, de redes de esgoto... Rede é aqui um conceito dinâmico. Não é o que
conecta, mas o que é gerado pelas associações. Não é algo pronto, por onde
coisas passam, mas o que é produzido pela associação ou composição de atores
humanos e não humanos. Rede não é estrutura, mas o que é tecido em dada
associação. Quando falamos de rede, estamos falando de mobilidade. Ao olharmos
o mundo, vemos redes se fazendo e se desfazendo a todo momento. O conceito de
rede visa apreender algo pulsante, o que se forma e se deforma aqui e acolá
pela dinâmica das relações. Para Latour (2005, p. 129)
A tarefa de definir e ordenar o social, segundo o autor, deve ser deixada aos próprios atores e não analista. “Não vamos tentar disciplinar vocês, deixaremos que se atenham a seus próprios mundos e só então pediremos sua explicação sobre o modo como os estabeleceram”. Latour afirma que os sociólogos do social parecem pairar como anjos, transportando poder e conexões quase imaterialmente, enquanto o estudioso da ANT tem de arrastar-se como uma formiga, carregando seu pesado equipamento para estabelecer até o mais insignificante dos vínculos.
Pesquisa: Jefferson Luã
Fontes: https://revistas.pucsp.br/index.php/galaxia/article/viewFile/13635/11399
https://priscillacalmon.wordpress.com/2014/05/28/uma-introducao-a-teoria-ator-rede-bruno-latour/
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