Na competição da vida moderna, segundo Bertrand Russel, vemos um declínio dos padrões civilizados, que as pessoas parecem incapazes de apreciar os prazeres mais intelectuais da arte da conversação. Uma arte que foi levada à perfeição nos salões franceses do século XVIII, uma tradição que mobilizava as mais elevadas faculdades em nome de algo transformador.
Nos dias atuais, a arte da conversação é globalizada e inserida nos meios de comunicação. Os diálogos extensos do passado, hoje foram reduzidos em conversas na redes sociais. Podemos conversar e dividir momentos com as pessoas instantaneamente, a distância não é problema para a comunicação atualmente. As vezes mal vemos um amigo, talvez passamos meses sem vê-lo, mas nas redes sociais, conseguimos nos aproximar e ter uma conversação interativa.
Nas rede sociais, no momento da conversação, temos diversas maneiras de expressar a entonação da fala que estamos tendo naquele diálogo. Usamos na sua grande maioria, os emoticons, que são carinhas expressivas, utilizadas nas conversas para mostrar o sentindo daquela palavra que estamos mandando para o outro. Como não usamos o recurso da fala nesse tipo de conversação, é importante sabemos expressar a nossa entonação para não termos mal entendidos nos diálogos.
Um arte bela e delicada, antigamente, na modernidade hoje é supérflua? Talvez apenas tenha convergido e se transformado numa arte simples e prática. A comunicação por meio dessas convergências se tornou rápida, talvez reduzindo a qualidade da conversação e expressão do individuo. Mas vai de cada pessoa saber usar essa ferramenta da midiatização, para o bem ou para o mal.
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