Henry Jenkins


Segundo Henry Jenkins, a situação atual implica uma participação muito mais ativa e direta dos consumidores, obrigando as grandes indústrias a mudarem as suas estratégias numa direção que converge para as necessidades atuais dos indivíduos. Jenkins faz um retrato da relação dos media com os consumidores, abordando a forma como algumas indústrias  tentaram direcionar os consumidores numa lógica de obediência consumista.
   
  Cultura da convergência pode ser relacionada a três fenômenos :

  • Convergência tecnológica dos meios de comunicação
  • Cultura participativa
  • Inteligência coletiva

        
Nas palavras do autor, convergência é "o fluxo de conteúdos através de múltiplas plataformas de mídia, a cooperação de múltiplos mercados midiáticos e o comportamento migratório dos públicos dos meios de comunicação que vão a quase qualquer parte em busca das experiências de entretenimento que desejam".sendo assim, o processo de convergência é complexo e esta em constante mutação, uma vez que está dependente da relação da tecnologia com a cultura. 
    
A proposta de convergência não é essencialmente tecnológica, mas sim, cultural. O processo de criação de novas plataformas existe devido a uma necessidade social e está relacionada ao fluxo de imagens, ideias, histórias, sons e relacionamentos.
    
A tendência de utilização de uma única plataforma de tecnologia para fazer serviços que, anteriormente, precisariam de mais equipamentos,canais de comunicação e padrões independentes.Faz-se para permitir que o utilizador acesse às informações de qualquer lugar, a qualquer hora e através de qualquer meio de comunicação por uma interface única.
     
Cultura participativa Segundo Jenkins, o público encara a “Internet como um veículo para ações coletivas - soluções de problemas, deliberação pública e criatividade alternativa”. A cultura participativa propiciada pelo caráter interativo da Internet é uma mudança no modo como as pessoas se relacionam com os meios de comunicação, o que faz com que os papéis de produtores e consumidores de informação se alterem e o publico receptor consumidor passe a ser produtor de conteúdo e influenciador.

Em um coletivo inteligente, a comunidade assumiria como objetivo a “negociação permanente da ordem estabelecida, de sua linguagem, do papel de cada um, o discernimento e a definição de seus objetos, a reinterpretação de sua  memória” . Desse modo, o projeto da inteligência coletiva coloca-se como um “processo de crescimento, de diferenciação e de retomada recíproca das singularidades”
“a inteligência coletiva não é um conceito exclusivamente cognitivo. Inteligência deve ser compreendida aqui como na expressão ‘trabalhar em comum acordo’ ... Trata-se de uma abordagem de caráter bem geral da vida em sociedade e de seu possível futuro. ... Essa visão de futuro organiza-se em torno de dois eixos complementares: o da renovação do laço social por intermédio do conhecimento e o da inteligência coletiva propriamente dita”. (LÉVY ).

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