Lendo uma citação de George Simmel no ano de 1907, onde ele cita que o triunfo dos telégrafos e telefones nos faziam esquecer o verdadeiro valor do que se tinha a dizer me peguei um tanto triste, referente a atual realidade das mídias sociais e meios de comunicação cada vez mais liquidas e sem valores em sim. Se no ano de 1907 já era possível ver a perda dos sentimentos, tato e valores pela ascensão do to telefone, porque agora com uma enxurrada de meios de comunicação não nos sensibilizamos pela ausência do olho no olho, pela ausência de personalidade e buscamos, mesmo que indiretamente, cada vez mais por uma tecnologia que supra nossas necessidades e anule nossos sentimentos?
  A nova geração cada vez mais enfiada em aparelhos celulares e computadores nunca saberá, ou entendera o que é fazer amizade e conviver com pessoas reais, que expõem suas verdades entre qualidades e defeitos, não saberão o que é a pratica de cidadania de caminhar nas ruas e exigir direitos, com bandeiras e rostos pintados, a nova geração de revolucionários e heróis vai lutar pra mudar o mundo do sofá de suas salas, postando reivindicações em suas redes sociais, cada vez mais acomodados e menos ativos fisicamente. Isso me preocupa, pois num mundo online eu posso ser o que quiser, bom ou ruim, mas na pratica esse processo é mais demorado, no universo high tec vamos nos recriando, nos inventando cada vez mais perfeitos e robotizados, e menos humanos, capazes de registrar um acidente, ou um assalto pelas câmeras de nossos celulares e não tomarmos a atitude de socorrer o próximo num momento de aflição. Pois afinal, o que gera mais ibope? Oque gera mais likes? Meu coração generoso e a expressão dos meus sentimentos ou a quantidade de likes e seguidores que eu tenho?? 
  Depois dessa reflexão eu concluo que, estamos numa via expressa em sentido único, onde nós humanos futuros pais, mães e profissionais teremos a missão de criar a humanidade nos seres vivos e não deixa-la esvair-se em meio ao narcisismo da geração midiática. 

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