Jornalismo em tempo real

                                   
                   
      

A palestra “Jornalismo em tempo real: credibilidade e doutrina de choque” aconteceu no dia 16 de agosto, foi ministrada pelas professoras Sylvia Moretzsohn, Sandra Helena de Sousa e foi mediada pelo professor Márcio Acselrad. O termo “Tempo real” presente no título diz respeito ao uso de novas tecnologias e como os meios de comunicação tradicionais utilizam essas tecnologias, de forma sábia ou não.

A credibilidade do jornalismo foi abordada à luz pelo chamado “fetiche da velocidade” e através de Fake News. Sylvia Moretzsohn chamou de “fetiche da velocidade” a necessidade de cada meio de comunicação de informar sempre primeiro. O jornalismo, antes de qualquer coisa, é apuração. Para dar o “furo”, alguns jornalistas divulgam informação sem antes verificar sua veracidade. O caso foi motivo de critica da professora de jornalismo da UFF (Universidade Federal Fluminense).

Outro ponto discutido na palestra foi o fenômeno da ‘bolha digital”. As redes sociais tornaram as pessoas cômodas, muito além de encurtar distâncias. As deixou cômodas ideologicamente também. A chamada “bolha digital” é caracterizada por grupos fechados reunidos por algum ideal em comum que, de certa forma, excluem a existência de outros pensamentos. Isso pode atrapalhar a circulação dos meios de comunicação tradicionais.

professora de filosofia Sandra Helena criticou uma crise de credibilidade do jornalismo a parir do surgimento da bolha digital e o crescimento dos casos de Fake News. Ela diz que prefere se informar dentro da sua bolha, por pessoas que ela atribui uma credibilidade maior do que os meios de comunicação tradicionais. O tempo real é o mesmo tempo do mercado financeiro, tornando o jornalismo em negócio, fragilizando a credibilidade da informação.

As duas professoras discutiram temas atuais no jornalismo e como ele é feito hoje. As empresas de comunicação estabelecem uma competição por agilidade na informação não levando em conta o processo de apuração que é necessário, comprometendo a credibilidade das empresas jornalísticas. Causa a desinformação da população e isso é um problema.

Por Clara Studart





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