Morte por likes?



A internet pode levar alguém ao suicídio? Pode-se morrer por alguns likes a menos? Negar a influência da internet na formação do sujeito contemporâneo seria ingenuidade ou má fé. Mas estamos dispostos a creditar a uma tecnologia a responsabilidade pelas mazelas do mundo (a maior parte das quais criadas pelo próprio homem, furacões e maremotos à parte)? É certo que necessitamos do outro. Queremos, sim, ser gostados, curtidos, seguidos. Mas isso não é novidade de millenials. É, antes, prática milenar que remonta ao início da civilização. Igualmente milenar é a prática, entre os que não se sentiam suficientemente gostados, curtidos e seguidos de, eventualmente, tirar sua própria vida. A vida continua não sendo fácil e o suicidio, a única questão filosófica digna de importância segundo Albert Camus, segue sendo praticado. E por que segue sendo praticado? Precisamos falar sobre isso... 
Para uma visão original sobre tema, assista o incrível filme Le magasine des suicides, de Patrice Laconte. Legendado.



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