Nietzsche e a modernidade

"Atualmente, contudo, só um tipo de seriedade restou na alma moderna, aquela dirigida às notícias trazidas pelos jornais pelos jornais ou pelo telegrafo" -
Nietzsche

Friedrich Nietzsche (1844-1900) foi um filósofo e escritor alemão de grande influência no Ocidente. Sua obra mais conhecida é “Assim Falava Zaratustra”. O pensador estendeu sua influência para além da filosofia, penetrando na literatura, poesia e todos os âmbitos das belas artes. O filósofo criticou a modernidade e questionou as mudanças trazidas para a humanidade durante esse período.

Nietzsche estabelece uma relação de comparação entre tempos passados e os momentos atuais, regidos pela modernidade. Antes, o individuo era orientado a não se surpreender ou se excitar por nada e ocupava sua mente com a eternidade. Posterior a esse período, "só um tipo de seriedade restou na alma moderna, aquela dirigida às notícias trazidas pelos jornais pelos jornais ou pelo telegrafo", atribuir valor aos momentos o mais rápido possível. Isso daria ao ser humano novas formas de significar sua existência.

A base da crítica de Nietzsche à modernidade está no esvaziamento no sentido da vida, através da racionalização buscada em benefício próprio, destruindo os valores fundamentais da existência. A humanidade, segundo ele, passou por uma processo de engendramento e moralidade vindos dos ideias do Cristianismo, ou seja, o homem irá se guiar por uma moral exterior a ele. O Ser Humano trocaria sua vida real por uma llusão metafísica.

Na sua elaboração contra a modernidade, Nietzsche chamou de "genealogia da moral" a recuperação da vida e do sentido. Ele procurou buscar na sociedade a raiz dos valores morais já existentes para descobrir quais eram realmente válidos. A partir da crítica do filósofo alemão, emergirá todas as críticas à racionalidade moderna no mundo contemporâneo.

Por: Clara Studart
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